sexta-feira, 16 de março de 2018

É O MOMENTO DE ENTENDER QUEM É JESUS!




E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: 
O vosso mestre não paga as dracmas?

Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? 
De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?
Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos.
Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, 
e abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti.


A passagem acima retrata uma situação um pouco inusitada e milagrosa. 
Jesus entra na cidade onde Pedro seu discípulo morava com sua sogra (MT 8.14), o texto não diz em que situação eles se distanciaram um do outro, se Jesus entrou na casa e Pedro ficou fora da casa resolvendo algo, ou se separaram em grupos distintos dos discípulos, é notório que Jesus não estava perto quando os cobradores de impostos do templo chegaram até Pedro e o indagaram se Jesus pagava o imposto referente a obrigação anual do judeu para com o templo. Imposto este que foi instituído por Deus através de Moisés (Ex 30.11-16):

"Falou mais o Senhor a Moisés dizendo:

Quando fizeres a contagem dos filhos de Israel, conforme a sua soma, cada um deles dará ao Senhor o resgate da sua alma, quando os contares; para que não haja entre eles praga alguma, quando os contares.
Todo aquele que passar pelo arrolamento dará isto: a metade de um siclo, segundo o siclo do santuário (este siclo é de vinte geras); a metade de um siclo é a oferta ao Senhor.


Qualquer que passar pelo arrolamento, de vinte anos para cima, dará a oferta alçada ao Senhor.
O rico não dará mais, e o pobre não dará menos da metade do siclo, quando derem a oferta alçada ao Senhor, para fazer expiação por vossas almas.
E tomarás o dinheiro das expiações dos filhos de Israel, e o darás ao serviço da tenda da congregação; e será para memória aos filhos de Israel diante do Senhor, para fazer expiação por vossas almas".


Segundo a  bíblia versão Almeida Revista e Corrigida 1 dracma (moeda grega) é 3.6 gramas de prata, no texto de Êxodo 30, diz a metade de um siclo, o siclo equivale a 14.4 gramas de prata, que representa 4 dracmas,  Jesus diz a Pedro que ele encontrará na boca do peixe um estáter, (moeda grega no valor de 4 dracmas). Pela lei é pago a metade de um siclo (o siclo, monetário da época de Moisés há 3.568 anos)  de  que representa 2 dracmas e o valor que Pedro irá encontrar na boca do peixe é o valor para duas pessoas 4 dracmas, valor para pagar a parte dele e a de Jesus.

A bíblia não diz o real motivo que Pedro não quis informar a Jesus que os cobradores do templo teriam lhe perguntado sobre se Jesus pagava impostos, e Pedro não mentiu e nem foi advertido com a fala de Cristo: "De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?".
Jesus sempre cumpriu com seus deveres de cidadão judeu sobre o domínio romano. (MT 22. 17)

Pedro não quis incomodar Jesus com aquela situação que desagradável, mas comum naqueles dias, muitos desses cobradores ficavam a porta do templo fazendo tais cobranças.
Jesus é onisciente e Pedro foi surpreendido com a parábola do Rei da Terra, pois conhecia a Pedro, conhecia o seu temperamento.  Jesus estando debaixo do seu teto, Pedro tinha total responsabilidade diante a comunidade sobre o seu hóspede.

Na cultura judaica a total segurança e integridade moral e civil do hóspede é inteiramente responsabilidade  do anfitrião, sobre quaisquer circunstância a segurança do hospede é prioridade (Gênesis 19.4-11). 
Conjecturando, Pedro poderia ter deixado isso passar, e em outra eventualidade  Jesus ser cobrado em público e Pedro ser colocado como testemunha contra Jesus, e os acusadores dizer que Jesus não pagou o imposto do templo quando os tais foram até sua casa (ou próximo). Para que essa situação da cobrança em público não acontecesse Pedro poderia simplesmente pagar as 4 dracmas e evitar que Jesus tivesse tal incomodo.


Jesus ensina a Pedro com a parábola do Rei da Terra,  que o Filho do Rei da Terra não teria a responsabilidade em pagar impostos desta terra, pois tais também é de propriedade dos filhos, sendo assim os que usufruem os estrangeiros da terra e que não são filhos do Rei da Terra esses sim, deve pagar os impostos por suas vidas/almas seguras na propriedade. 
Jesus diz a Pedro, o templo é do meu Pai, Eu Sou o Filho não tenho que pagar imposto sobre aquilo que é de meu Pai. 


Explicando o trecho,  "...mas, para que os não escandalizemos,...", pois se Pedro volta aos cobradores com a resposta, de que Jesus não pagaria por que Ele é o Filho do Deus vivo, aqueles homens se escandalizariam. Não que Jesus precisasse provar algo, e nunca precisou provar que Ele verdadeiramente é o Filho Unigênito do Senhor, as transcrições das profecias dos profetas do passado, já estavam testificando. 

Em nossos dias tem muitas pessoas escarnecem e se escandalizam quando trata-se  da divindade de Jesus Cristo, muitos ainda não abrirão o coração e a mente para tal entendimento e não se entregam ao conhecimento de quem verdadeiramente é Jesus.

Naquele momento aqueles homens não estavam preparados para tal revelação, porque Cristo ainda não tinha concluído o propósito da sua vinda, naqueles dias começara a preparar os seus discípulos para a parte primordial do projeto de Deus que era a ressurreição. Cito Mateus 17.1-8, onde Jesus se transfigura diante de 3 de seus discípulos.

Jesus é, e sempre foi Deus. Apenas temos que reconhecer que Ele é verdadeiramente o enviado de Deus para salvar a humanidade.


"E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém". Mateus 28:17-20  


Jesus sempre foi Deus - "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. João 1:1-4


O Deus vivo se fez carne, se fez homem - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:14

O Profeta Isaías profetizou 740 anos antes de seu nascimento que ele era divino - "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto. Isaías 9:6,7




Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus? 


Temos boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, – como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides – o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram – Deus fez Jesus renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.

 William Lane Craig


William Lane Craig.
Filósofo, teólogo e professor universitário na Universidade de Biola, Califórnia

Trecho da Matéria  " É possível acreditar em Deus usando a razão”, afirma William Lane Craig" publicada na revista Veja 06 de maio de 2016

Referência da matéria:
https://veja.abril.com.br/ciencia/e-possivel-acreditar-em-deus-usando-a-razao-afirma-william-lane-craig/